Quem é mesmo o dono de quem?

Esta é uma das frases mais ditas nos meus atendimentos, quando estou analisando a relação do meu cliente com a sua vida financeira. Claro que ela não é minha. Este é, na verdade, um verso da música “Amor pra Recomeçar” do Frejat. Porém, estas palavras são essenciais para nos questionarmos em relação a como nos comportamos diante do dinheiro.

Durante anos da minha vida, o meu sucesso profissional dependia exclusivamente de quanto eu ganhava. Para isso, media o meu desempenho e as minhas capacidades pelo valor depositado em minha conta corrente a cada mês completado. A minha segurança, os meus estudos, todos os meus aprendizados se tornaram vulneráveis a esta condição.

Ao longo de 8 anos de carreira como Jornalista, percebi que quanto mais este valor aumentava, menos eu conseguia manter o meu controle em relação a ele. O tempo foi passando e, em 2014, notei que algo estava errado. Não com a minha conta bancária, mas com aquilo em que eu tinha me transformado. O dinheiro se tornou uma máscara. Ele era usado para provar a todos aqueles que me cercavam do que eu era capaz. Mesmo que este “ser capaz” não fizesse o menor sentido para mim.

Ao mesmo tempo em que eu vestia esta capa, internamente me encontrava em uma constante insatisfação. Foi aí que me peguei distraída escutando esta música e percebi que, naquele momento da minha vida, eu não estava conseguindo ser dona do meu dinheiro. A relação que mantínhamos era oposta. A mudança se fazia urgente.

Ao começar o processo contrário para buscar algo que me satisfizesse por dentro, para assim ter o dinheiro como uma consequência natural do meu esforço, percebi um movimento libertador e assustadoramente enriquecedor. Quando você muda o seu olhar para o dinheiro, ele chega até você com menos peso e mais razão de existir. E assim como tudo na vida, quando há uma razão, há uma solidificação.

E quanto mais eu me coloco a serviço de mim mesma, mais o dinheiro se coloca a serviço da minha jornada. Porque não basta ter, é preciso saber ter.

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